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sábado, 21 de maio de 2011

MEMBRO DA COORDENADORIA PARTICIPA DO CONCURSO DE POESIAS PROMOVIDO PELA OAB/SP

Raios fúlgidos veneram esse solo que a tudo nos devolve quando a ele lançamos com amor

Tão vastas terras me brindam com a vida sagrada, onde tudo cresce e se faz vislumbrar

Sim, os campos Elísios vi florescerem e deles desabrocharem as mais belas rosas, das mais inimagináveis fragrâncias

Observei o crepúsculo donde a trevas e os fogos tingiam com esplendor as florestas e mares, rios e palmares

Venerei as chamas que a tudo despertam com seu calor maternal, que a tudo aquecem, e com seu imenso brilho chama a atenção de visão sem igual

Jurei por todas as marchas desse mundo que protegeria toda a resplandecência aqui simploriamente narrada

Mas logo, não pude acreditar, meu sonho poderia ali mesmo com o som de outras canções deixar de tocar

Eis que vejo por traz da névoa seres que a essa terra vem explorar

Minhas juras outrora relatadas, convertem-se em som de passos ousados

Passado meu desespero e pesar, percebo que por eles deverei lutar

Por eles muito tempo esperei e agora como viver mostrarei, nasci pelas gerações conturbadas e por elas haverei de resistir

Milhares espalham-se pelos terrenos ávidos donde os peixes e águias mais fugazes tornam-se agora alimento

Por centenas de anos crescem e se desenvolvem, e pela sentença afinada ou desgraçada entre eles inicia-se o convívio dos homens

Não mais apenas os olhares se entrelaçam e tentam se envolver, mas surge a curiosidade, como a brisa em direção ao amanhecer

Seus corpos e línguas ganham vida começam a versar, porém suas mentes incapazes de eliminar todo mal começam a oscilar

Eis aqui minha missão, por eles jorrará meu sangue, pois meus filhos são

A terra abençoada deverá continuar sua fiel esplanada

Meus nobres filhos, aprendeis o convívio dentre vós, amai-vos uns aos outros como o Pai amou a nós

Porque a paz devereis alcançar, e sobre tudo que for desfavorável terão que passar

Apesar de meus lamentos, tramas e guerras, as civilizações têm trazido lamúrias eternas

Dentre vós, milhares de mortos vejo, como as folhas que caem da árvore do firmamento

Porque da água que bebemos não nos saciamos, nossas vontades e desejos até hoje nos enganam

Acordai e relembrai que a sabedoria entre todos será despertada

A foice antes alçada, será apenas o símbolo de vossa jornada

Eis que a palavra foi içada, aos céus e mares vislumbrada, e por todos os ares exalada

Venha a nós o reino da inteligência e soberania, que a força execute seus termos com sabedoria

Que sigam nossos caminhos os ditadores bem aventurados, que das idéias obtidas possamos sempre ampliar nossos passos

Aos que ouvem nossas preces, com a venda nos olhos e o gládio empunhado traga a nós o caminho desejado

Porque aqui me revelo, sou sua mãe, sua rainha, sou eterna, sou o convívio pacífico entre os povos, sou a lira, sou eu a Democracia.

Autor: Paulo de Almeida Junior